terça-feira, 25 de outubro de 2011

POR QUE NÃO?



Na Alemanha, decidiram recentemente sobre o uso de embriões humanos em pequisas; no Brasil já haviam decidido há algum tempo. A idéia, como se sabe, é buscar células tronco totipotentes, tornando o ser humano capaz de, um dia, criar célular específicas ou órgãos inteiros. Já hoje de manhã eu vi um vídeo sobre uma pesquisa israelense que achou um modo de um círculo formado de um supercondutor (envolvido com alguns outros materiais e esfriado com nitrogênio líquido) simplesmente levitar no ar quando posto em cima de um campo magnético. A explicação é que o material resfriado consegue prender o campo magnético por debaixo dele. Há umas semanas vi outro vídeo, de um equipamento que não é novo, que, se implantado no cérebro, consegue curar casos graves de depressão profunda e mal de parkinson, fazendo lembrar um outro, que também já não é novidade, que cura casos de surdez. Ambos já são vendidos comercialmente.
Eu por minha parte tento aproveitar esses novos tempos do meu modo. Não tenho tanta predileção pelos equipamentos eletrônicos, mas já pensei em comprar um video game da moda, para os momentos de tédio. O computador já tenho há tempos e utilizo a internet desde os 12. Fortaleza há muito tempo oferece bons cursos: assim, divido o meu tempo aproveitando aulas na UFC, com seus vários professores doutores, e aprendo alemão, lingua que se duvidar nem os alemães entendem direito, mas que muitos brasileiros (inclusive eu mesmo) tentam enfrentar. O inglês e o espanhol também desafiam, mas fiz cursos e acesso sempre que posso materiais disponíveis muito facilmente. Tenho ambições: estudar lógica, descobrir a relação entre ética, política e ciências (humanas e naturais), ler Hegel, ler Marx. Talvez responder a uma pergunta básica: por que estudar filosofia, se o que queremos é transformar o mundo?
Domingo passado, este filho de seu tempo, mas também de sua classe média, resolveu enfrentar o medo justificado de sair domingo à tarde pela vizinhança de seu suburbano bairro. Ainda que tudo dissesse o contrário, resolveu pensar que a Escandinávia estava em seu coração, e que um pouco de pensamento positivo não faria mal. Foi então que um outro cidadão brasileiro, provavelmente mais velho, passando com sua bicicleta, resolveu assaltá-lo. Este rapaz, que não acessa o youtube atrás de supercondutores ou palestras sobre Hegel, talvez tenha uma vida que, como se diz, "daria um filme", com sua dose de pobreza, drogas, sexo e violência. O certo é que enquanto um vive na Suécia, o outro vive num filme do Tarantino, rodado em Gana. Por que não cobrar pedágio do estrangeiro, quando ele passa a fronteira?

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